quarta-feira, 30 de setembro de 2009

av.'

Há bastante tempo que já não escrevia aqui no blogue. Foi uma ausência prolongada, condicionada por inúmeras razões, todas elas com muita e pouca razão de ser, mas que me deixaram sem saber sobre o que poder dizer.

Então, para quebrar o silêncio, hoje venho aqui escrever sobre alguém. Não é alguém mundialmente famoso mas estou certa que é bastante conhecido. Vou falar-vos do André.

De seu nome, André da Maia Júlio Marques Vidal, nasceu a 24 de Setembro de 1991 e é por isso, nativo do signo Balança. Segundo os meus conhecimentos limitados ( e segundo aqueles que são divulgados em sites sobre astrologia), as "balanças" são pessoas gostam de agradar, conseguem sentir-se no lugar dos outros, tentam ser justos e são seres muito sociáveis, além de que são mestres nas lides de casa. Eu até acho que o André se adequa aqui.

Quem conhece sabe, mas quem não o conhece não tem ideia do tipo de pessoa que é o meu xuxu.

É das melhores pessoas que já conheci. Não sei se foi por ter nascido "balança" mas ele é super correcto, educado, sensato. Tenta sempre fazer o melhor possível e tem em atenção os outros. É justo e imparcial e sabe analizar as situações de um modo ímpar, mesmo que nessa se inclua um dos seus melhores amigos. É sociável? É. Faz conversa com toda gente e fala sobre qualquer coisa, porque é imensamente culto. Sabe sobre música, sobre política, economia, fofocas, cinema, literatura e agora, até sobre futebol. Mas é um bocado reservado.

O André luta pelo que gosta. Estudava para a escola, aplicava-se nos projectos e nos trabalhos e quando não o fazia, conseguia com que toda a gente pensasse que ele fazia. Foi, senão o melhor, um dos melhores alunos da Secundária Marques de Castilho desde 2006 até 2009.

Tem muito jeito para as artes. Escreve e canta bem, e apesar de ele achar que tem, só não tem muito jeito para o desenho.

Faz-me rir e sentir bem, porque é uma pessoa super agradável.

Claro que tem defeitos e dias maus. E nesses dias, não pode sempre proporcionar as piadas a que acostumou quem rodeia. Mas mesmo nesses dias, é correcto.

Sabe ouvir e discutir, tem boas ideias e óptimos príncipios. Tem alguma paciência para aturar situações, pessoas e momentos chatos ou incompreenciveis e além do basket, não tinha grande jeito pro desporto.

Não quis pra ele algo que lhe desse fama, dinheiro ou poder. Decidiu aquilo que realmente queria e que possivelmente mais felicidade lhe daria.

O André? Sabe aproveitar a vida. Apesar de às vezes querer aproveitá-la de outro modo, sabe aproveitá-la da maneira que num dado momento, mais felicidade lhe pode proporcionar. Mesmo que todas as suas vontades não estejam cumpridas num dado momento, ele tenta tirar partido da situação.

E pronto, num jeito resumido é isso.

Boneco, és das melhores pessoas que eu conheço. E tenho imenso orgulho em ti!

Um beijinho, Catarina. *

domingo, 20 de setembro de 2009

Diário Académico, parte 2: A primeira saída

Um jantar de despedida de uma amiga que vai para Paris. Foi assim que começou a noite de ontem, a primeira saída em Lisboa desde que me mudei. Já começo a ficar perito em despedidas devido aos últimos dias. Começo fortemente a recear a possibilidade de qualquer dia dar por mim a despedir-me de tudo sem razão nenhuma, como se fosse um tique nervoso que não consigo controlar.

O jantar teve lugar num restaurante tipicamente universitário. Passo a explicar: em primeiro lugar tinha bebida e comida à descrição, embora as doses de comida fossem insuficientes para a quantidade de pessoas; em segundo lugar, o restaurante era extremamente pequeno e as pessoas ficavam comprimidas em mesas que não tinham mais de dois palmos de largura, o que, apesar de ser desconfortável, nem era mau porque a proximidade facilitava a comunicação. No entanto, ironicamente, tudo aquilo que se conseguia ouvir era dito no tom mais alto possível como se estivéssemos separados por quilómetros, e era qualquer coisa do género “E se a Joana quer ser cá da malta…”, isto num ciclo que dava a volta à mesa à velocidade da luz.

Depois do jantar, confirmei a minha incompreensão em relação às malas das mulheres. Acontece que uma prima minha, após ter obrigado toda a gente a procurar o seu telemóvel, incluindo o empregado do bar, veio a descobrir que este estava na sua mala, onde ela já tinha procurado uma dezena de vezes. Agora eu pergunto-me, como é que isto é possível? Será que as malas das mulheres têm todas um Luís de Matos lá dentro a fazer desaparecer as coisas?!

A seguir a toda esta busca digna de uma série americana dirigimo-nos a custo para o Bairro Alto. Digo a custo porque, quando somos muitos, é difícil fazer avançar toda a gente. O Bairro estava completamente cheio, mas nem assim deixei de ver os habituais vendedores de flores, aqueles que constituem o verdadeiro pulmão de Lisboa. É verdade, se juntássemos todos os “Quer frô?” de Lisboa não tenho dúvidas de que ficávamos com parque natural do Gerês em plena capital. Quando os bares no bairro começaram a fechar fomos para um bar com música rock perto do Cais do Sodré, só para não deixar morrer a noite. A partir deste momento deixei de me queixar do restaurante. Este bar tinha tanta gente lá enfiada que eu dançava conforme as quatro pessoas que me rodeavam se mexiam, como se fosse uma pequena marioneta sem qualquer livre arbítrio.

No final cheguei a casa às 7:30 da manhã com a roupa a cheirar a noite (tabaco e álcool) e com uma cama que me esperava pacientemente. É verdade, não saiu dali até eu chegar. Mas ainda bem, porque era exactamente o que eu precisava.

Hoje, depois de uma vitória (também esta a custo) do nosso Benfiquinha, estou de bom humor e com coragem para enfrentar as praxes de amanhã.

Fiquem atentos porque eu vou estar por cá para vos contar!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

pois.

Sempre me habituei a rotinas. Por exemplo em tempos habituei-me a escrever constantemente aqui. Depois, quando a rotina se tornou demasiado abusiva, tirei férias das repetições. Revoltei-me com a escrita e a inspiração deu folga. Mas como entretanto me deparei com outra rotina, a de não escrever aqui, acho que está altura certa de a quebrar!

É verdade, sou caloira! Entrei na Faculdade de Direito, na Universidade de Coimbra. Foi a minha primeira opção! E fiquei feliz quando soube às 02h da madrugada de sábado, ao visualizar o meu nome no pequeno ecrã, que me informava colocada na FDUC. Fiquei feliz porque tinha sido bem sucedida naquilo que queria. Estive feliz no sábado, estive feliz no domingo e na segunda-feira também. Na terça-feira, quebrei a rotina recém instalada.

Ser caloira tem um significado importante. Significa que estamos no inicio de uma nova fase da nossa vida. Provavelmente vamos ficar mais independentes, vamos amadurecer e aprender uma quantidade exorbitante de coisas novas. Quem vai pra longe sai de casa, tem que se virar sozinho. E foi por isso que na terça-feira não estive feliz! Procurar sitio para morar não é só dizer, vou ficar aqui! Exige pesquisa, insistência, preserverança, esperança, confiança. Fiquei desapontada. Nada do que vi correspondeu às minhas expectativas. Acho que queria uma espécie de casa igualzinha à minha mas em ponto mais reduzido. Só que dessas não havia pela cidade dos estudantes.

Então, cumpri o dever moral de um caloiro! Chorar! Chorei e não foi qualquer coisa. Foi com convicção. Por saudades antecipadas, por saudades daqueles que já não vejo à muito tempo, por saber que se avizinham tempos carregados de mudanças e novidades. Não vou conhecer todos os meus vizinhos de Sta Clara, não vou poder esperar encontrar certas pessoas em certos sitios, porque ainda não conheço nem certas pessoas nem certos sitios. Vou ter que cozinhar, arrumar, acordar cedo para preparar o pequeno-almoço e mentalizar-me para ter umas cadeironas de Direito, vou ter que gerir melhor o tempo entre estabelecer contactos com os antigos e com os recentes amigos, matar saudades dos pais, desempenhar o papel de dona de casa e associar tudo isto à personagem de uma estudante empenhada e esforçada no curso de Direito.

Vai custar, vai ser bom, vai acabar por ser uma rotina.

Hoje, só pra quebrar a monotonia dos dias de ausência, deixo aqui impregnadas as melhores lembranças dos ultimos três anos. As conversas sinceras e sensatas, as conversas estúpidas e sem nexo, as sessões de fotografias, os furos de aulas, os jogos de sueca italiana ou sobe e desce, os estudos improvisados nas vésperas de testes. Vou ter saudades e já tenho, dos sorrisos. Dos cúmplices, dos timidos, dos 'já fizeste ou tás pra fazer', dos 'também reparaste no mesmo que eu', dos sinceros, dos 'adoro-te', dos 'és tão querida/o' ou ainda 'não percebi nada, mas tá bem'. Vou ter saudades dos bons dias e dos maus dias que se cumprimentam ainda assim. Mas faz parte de uma fase nova. E eu quero esta fase. Portanto, fico com as novidades e com as saudades e guardo tudo bem enfiado num bolso.

Sempre.

Diário académico, parte 1: A matrícula


Sou oficialmente caloiro. É verdade, matriculei-me ontem no curso de Ciências da Comunicação na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Para muitos ser caloiro é a melhor coisa do mundo, mas para outros é tão mau como partir um braço. Não sei como vai ser daqui para a frente (até tenho boas expectativas), mas o início foi indubitavelmente desagradável. Acontece que tentar ser caloiro não é fácil nas universidades portuguesas. Filas e mais filas de espera se espalhavam pelos pisos da faculdade como as formigas à volta da migalha. É impressionante como custa matricularmo-nos no Ensino Superior.

Tudo começou no piso 0. Inicialmente o que tive de fazer foi escrever o meu nome numa folha e esperar que me chamassem. Nada complicado. “Isto vai ser rápido e fico já despachado”, pensei eu. Mas quando me chamaram já a minha mãe tinha fumado metade do maço. Só que o pior nem foi isso. Quando falei com a senhora é que percebi que uma imensidão de pisos se seguia no “processo” (sim, foi esta a palavra que ela utilizou, o que me fez perceber que o que me aguardava não seria nada encantador).

Lá fui eu para o piso 3 fazer o pagamento. Depois para o piso 5, ao departamento de Comunicação para saber horários e turmas. E finalmente para o piso 1 entregar uns papeis e fazer o cartão de estudante. Nisto três horas se passaram, uma floresta foi abaixo devido à quantidade exagerada de papelada que tive de preencher e fiquei com uma tremenda dor de cabeça que não me largou o resto do dia. Mas saí de lá mais leve, isso saí. O pior é que não foi de preocupação, foi mesmo de finanças.

A conclusão que tirei disto tudo foi que isto está bom é para os vendedores. Quando cheguei ao final do “processo”, eu já assinava qualquer coisa. O rapaz que me estava a fazer o cartão de estudante teve que me explicar algumas coisas uma dezena de vezes porque a minha cabeça já não assimilava fosse o que fosse. Acho que se depois de todas estas fases chegassem ao pé de mim e tentassem vender um carro eu não hesitava. Desde que saísse dali o mais rápido possível...

Mas o que interessa é que já me matriculei. Sou finalmente caloiro. Conheci já alguns alunos do 2º ano do meu curso. Pareceram-me porreiros, mas fizeram-me uma pergunta um bocado idiota: “Gostas de cerveja?”. Enfim, nem vou comentar. Decorei só três nomes, mas não acho que a memória dure até Segunda-Feira. Um era Gonçalo, o outro Bernardo e o último era o Maia. Este último decorei porque eu também sou Maia e ele reforçou severamente o facto de só poder haver um Maia no curso, que era ele. Não me importei, desde que não me chamem “Júlio” tudo óptimo.

Agora só falta mesmo é começarem as aulas, conhecer pessoas e frequentar as praxes. Estou ansioso por essa parte. Fiquei contente por ter um horário bom. Sexta-Feira livre parece-me ideal para um Caloiro que precisa das noites de Quinta-Feira para se animar. Vamos ver se esta vida de universitário é tão boa como dizem. Já tentei convencer os meus pais que deixar uma ou duas cadeiras para trás é normal, mas não sei se colou. Enfim, continuem a acompanhar que eu prometo que contarei cada passo desta nova aventura que é ser Caloiro.

Até à próxima!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Vale de Coelha

Caros leitores. Hoje tenho-vos a dizer que me vou ausentar novamente. Vou amanhã para o fim do mundo, literalmente, como podem ver através do vídeo que publiquei. Acho que vou ter finalmente a opurtunidade de perceber o sentido da expressão "Vai para o raio que te parta". Se me disserem isto hoje, não vou ignorar o pedido.

Vale de Coelha é uma freguesia portuguesa do concelho de Almeida, com 5,86 km² de área e 48 habitantes (dados de 2001). Densidade: 8,2 hab/km².
Vale de Coelha é uma pequena aldeia da Beira Interior Portuguesa, junto a Espanha. Vive essencialmente da agricultura e pecuária.

Pelo que pesquisei irá certamente ser uma viagem interessante. Seis amigos, 48 idosos e muitos animais para a mistura!

Desejem-me sorte e até à próxima (se sobreviver, claro)

Já não desespera, porque já não espera.

O tempo passa, vai passando. Já demorou a passar, já passou depressa e às vezes parece que passa sem nos deixar passar com ele.



E quando assim é, que ficava eu a fazer enquanto o via partir?


Sentava-me e esperava que desse a volta a que estava destinado. Permanecia sentada e ia-me resignando com a espera e com a incapacidade de resolver os problemas que tinha classificado como impossíveis.


Às vezes, parecia-me sentir a volta do tempo e batia galopante a esperança de ficar com ele ali ou de partir com ele para longe assim que chegasse.


Fui perita em esperas. Toda a vida senti e aguardei que passasse. E senti e confiei que sentissem comigo. Conheci muitas salas de espera e muitos motivos para esperar. Tornei-me numa especialista em causas impossíveis e soube ficar sentada à espera que o tempo levasse os sentimentos com ele ou me livrasse a mim do desconforto daquelas cadeiras de cabedal.


Mas o tempo passa. E com ele passam os cenários, os filmes e as personagens secundárias passam quase todas também. E quando o tempo passa há, muitas vezes, que reajustar o elenco principal.


Hoje, não espero mais. Vou andando, num passo leve e delicado, meço o equilíbrio, levo os meus valores e ponho os sonhos atafulhados nos bolsos. Não vou a correr. Afinal, não há que ter pressas porque não vou atrasada. As pausas que fiz, sei agora, foram importantes para aprender a andar com o tempo.


Hoje, não vou sentar-me nem esperar. Se achares que ainda vale a pena, corre. Eu não vou longe ainda e tu ainda me apanhas.



terça-feira, 1 de setembro de 2009

Tecnologia




Descobri há uns dias atrás que a tecnologia anda a fazer das suas. No outro dia, pensava eu na minha inocência, fui para um normalíssimo almoço de família, daqueles em que os mais jovens ficam numa mesa a falar sobre séries de televisão e novas estreias cinematográficas e os adultos ficam noutra a discutir assuntos de política até à exaustão.

No entanto, para minha surpresa, não foi nada disso que se passou. Assim que cheguei, houve logo um membro da família que me perguntou entusiasticamente “Queres ser da minha máfia?”. No início estranhei a pergunta e pensei para com os meus botões “Meu Deus, esta família enlouqueceu de vez!”, especialmente por se tratar de uma família repleta de magistrados que, de um momento para o outro e com a maior naturalidade possível, falavam de armas e assaltos como se da vida deles se tratasse.

Passado o susto inicial lá perguntei o que era aquilo da “Máfia”. Ao que parece, e pelo que me explicaram, é um jogo do Facebook que se chama “Máfia Wars” e que todos começaram a jogar. É verdade, o Facebook apoderou-se da minha família, sem eu me aperceber minimamente. Está tudo viciado num jogo sobre gangs e assassinatos e não falam noutra coisa além disso.

Curioso, no dia seguinte, quando cheguei a casa, lá fui ver como funcionava o tal jogo. Já tinha ficado em choque quando soube que a tecnologia tinha chegado até à minha família (e eu que nem tenho Facebook!), mas assim que vi a minha tia com o nickname de Don Júlio, não aguentei e a depressão abateu-se sobre mim.

Como foi possível deixar isto acontecer? Estava tudo tão bem! Duas mesas, duas gerações e dois temas de conversa. Receio fortemente que qualquer dia terei de ser eu a informá-los sobre a data das eleições ou a comprar os jornais lá para casa. Sim, qualquer dia vão ser os filhos a impor horários para os pais estarem no computador ou a ver televisão. Ainda vai chegar a altura em que vou ter de pensar em castigos e a dizer “Vai já para o teu quarto estudar. Ficas sem Internet e sem televisão no próximo mês!”

O bicho-de-sete-cabeças que era o computador e a Internet para os mais velhos, deixou de o ser. Já lá vai o tempo em que a minha mãe me perguntava como se ligava o computador. A tecnologia deixou de ser somente acompanhada pelos mais jovens. É uma realidade e temos que nos habituar a ela. Mas, já que os almoços e jantares de família não vão mais voltar a ser o que eram, só espero não ter de passar o Natal com a família através da webcam! Não seria capaz de perder a tarefa de construir o presépio ou de enfeitar a árvore de Natal. Faz parte da tradição! Que horror, qualquer dia a minha avó ainda me vai apelidar de conservador só por dizer isto.

A maioria das pessoas ficaria contente por ter uma família moderna que percebesse destas coisas, mas essas pessoas não sabem do que falam. Cada qual no seu lugar! Era tão bom falar sobre o youtube sem que ninguém percebesse. Mas agora é totalmente impossível. Quando descobrirem o Twitter ainda me vão ouvir dizer “Epá, sou novo de mais para isso”. Antigamente diziam bem de um adolescente se ele soubesse falar sobre política e sobre o estado do país. Hoje em dia, já nada disso interessa. Se eu demonstrar à minha família que consegui atingir o top 10 num jogo online, tenho a certeza que ouvirei mais do que um comentário do género “sim, senhor…este puto vai longe”.

As gerações são cada vez menos distintas e é cada vez mais difícil controlar o poder que a tecnologia exerce sobre as nossas famílias. Estejam atentos porque qualquer dia pode ser o vosso pai a pedir-vos uma playstation como prenda do seu aniversário!