Queria escrever um texto que fosse engraçado, bem estruturado e que agradasse a todos os que o lessem. E, como em todas as ocasiões em que queremos fazer algo bem feito, compliquei demasiado. Tentei procurar um tema, escrevi as primeiras frases vezes sem conta, pensei na maneira como o ía terminar, apaguei o que escrevi repetidamente, até que reparei que nada do que surgia me satisfazia completamente.
Foi então que me ocorreu que talvez não o devesse fazer, pelo menos desta meneira. Quando pensamos demasiado numa coisa, ela torna-se naquilo que pensamos dela e não naquilo que realemente é. Forcei demasiado a esferográfica que pegava com a mão direita. Não a deixei escrever por si e tudo o que foi surgindo na folha em branco era apenas fruto do meu pensamento forçado e não do meu sentimento. Nada era real. Eram apenas criações sem nexo, impessoais que pairavam indiferenciadamente sobre a linha azul.
Por fim reparei que, tal como este texto, muitas das coisas que fazemos na vida são demasiado forçadas. Pensamos com muita frequência nas consequências de tudo aquilo que fazemos ou de tudo aquilo que nos acontece. Queremos sempre ser nós os comandates da nossa vida e acabamos por a controlar demasiado. Criamos expectativas muito altas que depois não se cumprem. Ou então sofremos, temendo consequências diabólicas, quando na verdade não acontece nada do que esperávamos que acontecesse.
Deixa que o destino te tome as rédeas. Deixa que a vida te surpreenda e torne o teu dia especial. Sente tudo ao máximo, porque só assim poderás saber o que é a vida. Não cries expectativas em relação aos outros. Deixa que eles te mostrem quem são. Vive cada dia como se não soubesses nada sobre sentimentos. Descobre-os e vive-os à tua maneira.
Não gastes tempo a pensar sobre tudo o que te rodeia, porque só assim conhecerás a verdadeira essência da realidade.
Não planeies. Chora quando for preciso. Ri-te como se só te pudesses rir uma única vez. Faz algo inesperado todos os dias. Ama sem ter medo de não seres correspondido. Diz tudo o que te vem à cabeça bem alto. Sê tu mesmo e não aquilo que os outros esperam que sejas...
Numa palavra: vive!
terça-feira, 26 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Efemeridades
Enquanto olho à volta, tudo por onde passo, já passou. No segundo a seguir, olho e ficou para trás.
Permanece só a recordação de que passei ali. Ainda que seja o sitio mais bonito ou que seja como todos os outros, ainda que custe ou faça sorrir, já passou.
E já passaram quase 18 anos de infindáveis ocorrências, coisas novas e outras nem por isso, coisas que nunca poderei voltar a viver tal como vivi.
Ficam as recordações?
Também elas um dia passam, pois se assim não fosse, para que teriam inventado o “esquecer”?
Finjamos que não existe esquecimento e que tudo pode ser lembrado, como se ao fim de uns anos pudéssemos buscar e ver um filme gravado por um ente, talvez os aclamados anjos da guarda invisíveis, que testemunhasse a nossa inteira existência.
Mas deixemos os fingimentos de lado, pois também estes pensamentos já foram.
Não devíamos preocupar-nos com nada. Tudo o que é bom passa, mas ficam guardadas e resguardadas as memórias, pois se há recordações que preferimos não perder, são as melhores. E tudo o que é mau passa também.
Não nos preocupemos então. Ou preocupemo-nos ainda mais.
Se tudo é efémero, os pensamentos que me deixaram sossegada ainda há pouco, irão também eles passar não tarda.
Assim, não vejas com olhos desinteressados, não ouças para fingir que escutas, não penses naquilo que não tem solução, pois então solucionado está e sobretudo, não sintas como se de uma coisa banal, normal e primária se tratasse.
Porque a pior das efemeridades são os sentimentos, que quando passam deixam saudades e não voltam mesmo mais.
Não sintas como se visses, não sintas como se ouvisses e falasses…
Sente como se do teu maior e mais especial dom se tratasse…
Sente como se fosses a única pessoa capaz disso. Sente como se este sentimento, aqui e agora fosse realmente o último.
Sente hoje, porque daqui a nada, já passou.
AC'
Permanece só a recordação de que passei ali. Ainda que seja o sitio mais bonito ou que seja como todos os outros, ainda que custe ou faça sorrir, já passou.
E já passaram quase 18 anos de infindáveis ocorrências, coisas novas e outras nem por isso, coisas que nunca poderei voltar a viver tal como vivi.
Ficam as recordações?
Também elas um dia passam, pois se assim não fosse, para que teriam inventado o “esquecer”?
Finjamos que não existe esquecimento e que tudo pode ser lembrado, como se ao fim de uns anos pudéssemos buscar e ver um filme gravado por um ente, talvez os aclamados anjos da guarda invisíveis, que testemunhasse a nossa inteira existência.
Mas deixemos os fingimentos de lado, pois também estes pensamentos já foram.
Não devíamos preocupar-nos com nada. Tudo o que é bom passa, mas ficam guardadas e resguardadas as memórias, pois se há recordações que preferimos não perder, são as melhores. E tudo o que é mau passa também.
Não nos preocupemos então. Ou preocupemo-nos ainda mais.
Se tudo é efémero, os pensamentos que me deixaram sossegada ainda há pouco, irão também eles passar não tarda.
Assim, não vejas com olhos desinteressados, não ouças para fingir que escutas, não penses naquilo que não tem solução, pois então solucionado está e sobretudo, não sintas como se de uma coisa banal, normal e primária se tratasse.
Porque a pior das efemeridades são os sentimentos, que quando passam deixam saudades e não voltam mesmo mais.
Não sintas como se visses, não sintas como se ouvisses e falasses…
Sente como se do teu maior e mais especial dom se tratasse…
Sente como se fosses a única pessoa capaz disso. Sente como se este sentimento, aqui e agora fosse realmente o último.
Sente hoje, porque daqui a nada, já passou.
AC'
sábado, 16 de maio de 2009
Não quero ser adulta!
Quero ser só uma garota, uma miúda, sem decisões importantes que me façam perder o sono por ter de decidir, sem ter de pensar no futuro e na estabilidade que desejo para mim, sem ter de m preocupar como e só escolher o “quê”.
Quero ser egoísta e irresponsável, imatura e infantil, sonhadora e ingénua, pura e inocente, fácil de contentar e serena… Quero ser feliz com o pouco que era até há pouco tempo!
Não percebo agora porque desejei que os anos passassem depressa. Afinal passaram mesmo. Se ao menos me fosse permitido um outro pedido, apenas um que se cumprisse como este, gostava que o tempo passasse devagar, para que eu possa aproveitar cada segundo fugaz. Que passe devagar para que eu consiga antecipar e recordar a vida, instante a instante.
Se não for possível satisfazer este há ainda outro. Que eu possa sempre recordar e que possa ser uma adulta diferente!
Que eu recorde as roupas bonitas e os penteados originais, as birras e as ilusões, as ternuras e as maldades, as pequenas paixões e a felicidade desses momentos mágicos.
E que eu possa ser uma adulta diferente: sem responsabilidades demasiado responsáveis, sem horários e compromissos inquebráveis, sem férias estipuladas, sem limite possível de vontades, sem marcas de cansaço. Que eu seja uma adulta com tempo para ler e ouvir musica, com disposição para ouvir e contar anedotas sem piada, com vontade de fazer uma festa a qualquer hora, com experiencias para contar e com um sorriso bonito e autêntico para mostrar.
Que eu possa não ter de pensar nos problemas da vida humana nem numa boa estratégia para subir na carreira.
Que eu possa ser pequena e ir crescendo mas enquanto crescer que seja pequena. Que eu possa envelhecer mas que possa também, renascer, antecipando, recordando e vivendo de segundo em segundo.
[Enquanto escrevo a minha mãe chama por mim e diz que o jantar está pronto e eu lembro-me de quando me pesava metade dos anos de hoje e corria para ela, na minha saia amarela e de franja irritante que me tapava os olhos, de modo a estar pronta a jantar como ela queria que eu estivesse, só que para depois me dissesse que eu era uma linda menina!]
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Sabes contar?
1º site
"A Lua é o “nosso” satélite, um pouco a nossa segunda casa no espaço. É o segundo objecto mais brilhante nos céus. As suas dimensões (diâmetro 3474 km - maior que Plutão), e composição (densidade 3.34 - da mesma ordem que Marte) principalmente se comparadas com as da Terra, permitem-nos considerá-la um planeta telúrico de pleno direito."
+
2º site
"Estou a ver o concurso "Sabe Mais do Que um Miúdo de Dez Anos?", na RTP1.
Foi colocada a questão:
"A Lua é um planeta com luz própria ou iluminado?".
O concorrente respondeu: "iluminado". A resposta foi dada como certa e todos bateram palmas.
A LUA É UM PLANETA."
+
3º site
"A Lua é um planeta - satélite natural da Terra - e por isso não possui luz própria."
+
4º site
" A Lua é um planeta que se desloca à volta da Terra"
+
5º site
"A Lua é um planeta. Um planeta ao contrário das estrelas não tem luz própria."
= 2 CHOCOLATES
"A Lua é o “nosso” satélite, um pouco a nossa segunda casa no espaço. É o segundo objecto mais brilhante nos céus. As suas dimensões (diâmetro 3474 km - maior que Plutão), e composição (densidade 3.34 - da mesma ordem que Marte) principalmente se comparadas com as da Terra, permitem-nos considerá-la um planeta telúrico de pleno direito."
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2º site
"Estou a ver o concurso "Sabe Mais do Que um Miúdo de Dez Anos?", na RTP1.
Foi colocada a questão:
"A Lua é um planeta com luz própria ou iluminado?".
O concorrente respondeu: "iluminado". A resposta foi dada como certa e todos bateram palmas.
A LUA É UM PLANETA."
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3º site
"A Lua é um planeta - satélite natural da Terra - e por isso não possui luz própria."
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4º site
" A Lua é um planeta que se desloca à volta da Terra"
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5º site
"A Lua é um planeta. Um planeta ao contrário das estrelas não tem luz própria."
= 2 CHOCOLATES
sábado, 9 de maio de 2009
O rio da vida
Nunca tinha pensado no facto de um rio representar tão bem aquilo que é a vida. Sentado sobre um muro de pedra desgastado pelo tempo, olhava para o rio que um dia viu partir os portugueses na descoberta do mundo. Reparei que eu próprio tenho balançado impavidamente naquelas ondas durante toda a minha vida, como se fosse uma pequena nau que ruma em direcção ao desconhecido.
Tal como um rio também eu nasci sem conhecer o caminho a seguir.
Cresci lentamente tentado contornar os obstáculos que surgiam e criei margens para impedir que eles nunca mais atrapalhassem a minha viagem.
Nos sítios que mais me agradaram formei pequenas ilhas e nos dias mais chuvosos envolvi-as para que nunca desaparecessem do meu caminho.
Aventurei-me inconsciente por descidas perigosas, sem saber ao certo onde iria parar.
Concebi ondas gigantes para que todos vissem o meu poder, mas também me mostrei fraco nos dias mais quentes de Verão, desintegrando-me pelo ar que circulava sobre mim, para que ninguém me visse.
Deixei que muitas pessoas se aproveitassem de mim sem reclamar e quando eu precisei delas, não hesitaram em abandonar-me, poluindo-me as águas, deixando danos irreparáveis, que para sempre permaneceram no meu leito.
Como um rio, também eu me renovo todos os dias, tentando dar alguma vitalidade ao meu percurso. No entanto sei que ele está irremediavelmente traçado e sinto-me impotente e inútil em relação ao meu próprio destino. Desejo todos os dias mudar o rumo que já escolhi e evitar a chegada da foz, mas sei que ela me espera com todos os perigos inerentes.
Tal como um rio também eu continuo a percorrer inevitavelmente um rumo em direcção ao desconhecido, sem saber ao certo a dimensão e características do oceano que me espera.
No entanto, quando o sol já pousava sobre o Ocidente, concluí que a vida humana não é exactamente como um rio. Não estamos assim tão presos ao nosso percurso. E mesmo que estejamos, temos sempre a hipótese de ignorar e acreditar que tudo está bem. Tudo tem solução. Sabemos que um dia enfrentaremos um oceano, mas cabe-nos a nós fazer do caminho até lá o mais agradável e inesquecível de todos. Talvez sejamos naus pequenas e frágeis que balançam sobre as ondas do Tejo, mas tal como no passado, também nós podemos ter sucesso e avançar corajosamente rumo ao Atlântico.
Lx'
The music is high, all the people just dance and drink, you just can’t stop singing and all seems to be so damn right!
Todo o dia foi diferente. As companhias com quem andámos, os caminhos por onde fomos, as ideias que defendemos, as conversas que tivemos, os gestos que fizemos, as músicas que ouvimos, os momentos estranhos e únicos que vivemos…
Todo o dia foi uma novidade, uma boa e diferente novidade.
A noite, tal como o dia, foi também diferente e bem melhor que boa.
Sabes que estás por tua conta, sabes que esta noite vai ser diferente, porque és tu quem está aqui, com estas pessoas, neste lugar…
Sabes que esta noite é única e tu tens a oportunidade de poder mostrar uma parte de ti que nunca ninguém viu. Há quem diga que mudámos. E que seja, que tenhamos talvez mudado, estamos felizes e isso é o que realmente importa.
Dançamos, cantamos, bebemos, gritamos, chocamos, cansamos, rimos, sorrimos, devaneamos, passeamos, conversamos…Tudo faz sentido! Tudo está onde deve estar e nós estamos como devemos estar. Estamos felizes!
Todos aqueles com quem quase não falávamos parecem agora melhores pessoas que pareciam há pouco tempo… Talvez do abraços, dos elogios das circunstâncias, dos gozos, das gargalhadas, das confidências, das sinceridades… Talvez por isso ou talvez não…
It doen’t matter.
While the world keeps going on, the music is high, all the people is dancing and drinking, you just can’t stop singing and screaming and all, all seems to be really right!
AC’ 08-05-09’ 04h58
quarta-feira, 6 de maio de 2009
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