Estou numa fase muito importante da minha vida. A fase em que tudo muda. Estou próximo de ter de escolher um curso, mudar de cidade e enfrentar um começo de uma nova vida. No entanto, não sei exactamente o que quero para o futuro. Chegou a hora de fazer uma pergunta à qual que a resposta pode ser irremediavelmente decisiva: o que fazer?
Quando me perguntam o que quero fazer da minha vida um dia mais tarde, hesito sempre. Primeiro, porque o futuro é sempre uma incógnita que não posso prever. Segundo, porque não estou seguro da profissão que quero seguir. E, por fim, hesito porque tenho receio de escolher mal e de não viver a vida que sempre quis.
Quando era pequeno sonhava em ser actor. Devorava todas as telenovelas brasileiras que a televisão portuguesa transmitia. Queria ser um daqueles galãs envoltos em dramas e triângulos amorosos. Via nas personagens uma forma de fugir à rotina do dia-a-dia. Sentia que, sendo actor, poderia interpretar diferentes papéis e personalidades que em outra profissão jamais poderia faze-lo.
No entanto, com o passar do tempo, pus de parte este interesse pelo mundo da interpretação e nunca trabalhei nesse sentido. Ainda assim continuei na área artística: queria ser musico. Foi então que comecei a aprender a tocar guitarra. Mas parece que o meu destino não é mesmo na casa das artes, porque passado um tempo desisti de aprender e não liguei mais.
Hoje o meu sonho não é propriamente ser actor, músico, empresário ou veterinário. O meu sonho é ser feliz e aproveitar as oportunidades que surgirem. Mas qual o caminho a seguir? Direito ou Ciências da Comunicação? Por um lado, acho que teria capacidades para seguir Direito e teria características para exercer a profissão com sucesso. Mas por outro, sei que Ciências da Comunicação é o curso que mais gosto, mas sinto que nessa área seja mais difícil alcançar os objectivos que pretendo.
A minha escolha acabou por recair em Ciências da Comunicação, já que, apesar de achar que para ter sucesso nessa área seja preciso talvez uma personalidade mais dinâmica e activa do que a minha, eu nunca me sentiria bem comigo se não tentasse. Não quero seguir Direito e ficar a pensar na vida que deixei passar, na vida que poderia ter tido. Não vou lutar por uma vida estável e desapaixonada, mas sim por uma vida intensa e feliz, que me faça orgulhar de ter feito a escolha certa e de ter tentado o meu melhor.
2 comentários:
André André, escolhes temas complicados. Futuro e decisões são coisas que me assustam um bocadinho. Aquilo que escolhermos agora poderá mudar o curso das nossas vidas e eu pelo menos tenho medo de fazer uma escolha da qual me venha mais tarde a arrepender. Só que não sei mesmo o que escolher. Não sei pra que áreas tenho jeito, não sei a qual profissão me adequo mais e pior, não sei do que gosto!
Acho que conseguiste explicar bem o modo de como as nossas pretensões vão mudando com os anos e a importância que a escolha que estamos prestes a fazer terá no nosso futuro. Gostei *
Beijinho
Isso mesmo André, não deixes para trás algo que gostarias de experimentar, para que um dia não te arrependas. Vive um dia de cada vez, o futuro é sempre agora, daqui a um segundo, e nunca sabemos o que pode acontecer. Até podes querer tirar dois cursos, ou vários mestrados diferentes! Aproveita cada momento, tens tudo à tua frente...Um grande beijinho, Inês.
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