Durante os últimos dias tenho feito uma reflexão aprofundada sobre o estado da política em Portugal. Desde a última semana, com as previsões e sondagens realizadas sobre os resultados das eleições para o Parlamento Europeu e com os comentários efectuados pelos comentadores e pelos líderes dos principais partidos após a eleição, tenho reparado em algumas situações que revelam claramente o estado da política no país que vivemos.
Em primeiro lugar é destacável a elevada percentagem de abstenção (62.5%), superior à média da União Europeia. Ao que parece, o povo português continua a olhar para as Instituições Europeias como organismos distantes que não têm interferência directa nas suas regiões. Demonstrativos da ignorância da população são também os comentários que são efectuados em entrevistas de rua, onde muitas pessoas afirmam não saber o que é o Parlamento Europeu e desconhecem os candidatos, afirmando não ir votar em protesto ao governo socialista.
Em segundo lugar, devo dizer que esta questão do voto em protesto ao governo, que tem sido muito badalada nos meios de comunicação, também me inquieta. Isto porque, sendo estas umas eleições a nível europeu, os eleitores, em vez de analisaram o trabalho feito pelos candidatos ao longo do último mandato, assim como as posições e as propostas apresentadas pelos partidos, justificam a abstenção ou a mudança de voto com os resultados alcançados pelo Governo de José Sócrates. E foi este facto que determinou o resultado das eleições, com a vitória do PSD e a subida do Bloco de Esquerda e do PCP. Em relação a esta questão devo dizer que não achei correcto terem encarado estas eleições como uma primeira volta das legislativas, porque efectivamente não o são. Por isso é que existem eleições diferentes e parece que os portugueses não conseguem distinguir os momentos eleitorais.
Em suma, é de lamentar o estado da política e do eleitorado em Portugal. E a culpa pode atribuir-se: aos próprios partidos, que afastando-se do objectivo destas eleições, discutem o caso BPN e as acções de Sócrates nas suas campanhas; aos media, onde muitos comentadores não analisam as questões europeias, mas sim as fraquezas do governo, tratando estas eleições como uma oportunidade para manifestar um protesto ao Partido Socialista; e aos próprios eleitores, que revelam não estar informados sobre as entidades que os representam.
E é por esta razão que continuo a afirmar que, mais uma vez, estas campanhas e estas eleições se revelaram apenas como um jogo de interesses e ataques partidários, aos quais já estamos habituados, e não como uma oportunidade para encontrar soluções viáveis para a existência de uma melhor representação a nível europeu e para a promoção de uma maior consciência política dos cidadãos.
Em primeiro lugar é destacável a elevada percentagem de abstenção (62.5%), superior à média da União Europeia. Ao que parece, o povo português continua a olhar para as Instituições Europeias como organismos distantes que não têm interferência directa nas suas regiões. Demonstrativos da ignorância da população são também os comentários que são efectuados em entrevistas de rua, onde muitas pessoas afirmam não saber o que é o Parlamento Europeu e desconhecem os candidatos, afirmando não ir votar em protesto ao governo socialista.
Em segundo lugar, devo dizer que esta questão do voto em protesto ao governo, que tem sido muito badalada nos meios de comunicação, também me inquieta. Isto porque, sendo estas umas eleições a nível europeu, os eleitores, em vez de analisaram o trabalho feito pelos candidatos ao longo do último mandato, assim como as posições e as propostas apresentadas pelos partidos, justificam a abstenção ou a mudança de voto com os resultados alcançados pelo Governo de José Sócrates. E foi este facto que determinou o resultado das eleições, com a vitória do PSD e a subida do Bloco de Esquerda e do PCP. Em relação a esta questão devo dizer que não achei correcto terem encarado estas eleições como uma primeira volta das legislativas, porque efectivamente não o são. Por isso é que existem eleições diferentes e parece que os portugueses não conseguem distinguir os momentos eleitorais.
Em suma, é de lamentar o estado da política e do eleitorado em Portugal. E a culpa pode atribuir-se: aos próprios partidos, que afastando-se do objectivo destas eleições, discutem o caso BPN e as acções de Sócrates nas suas campanhas; aos media, onde muitos comentadores não analisam as questões europeias, mas sim as fraquezas do governo, tratando estas eleições como uma oportunidade para manifestar um protesto ao Partido Socialista; e aos próprios eleitores, que revelam não estar informados sobre as entidades que os representam.
E é por esta razão que continuo a afirmar que, mais uma vez, estas campanhas e estas eleições se revelaram apenas como um jogo de interesses e ataques partidários, aos quais já estamos habituados, e não como uma oportunidade para encontrar soluções viáveis para a existência de uma melhor representação a nível europeu e para a promoção de uma maior consciência política dos cidadãos.
2 comentários:
"é por esta razão que continuo a afirmar que, mais uma vez, estas campanhas e estas eleições se revelaram apenas como um jogo de interesses e ataques partidários"
E não é assim em muitos outros campos?
É tão fácil enumerar situações em que se usam diferentes meios para atingir um fim bastante distinto do esperado!
=')
Gosteii.
Beijinhoo oh Vidal
Eu não vou comentar isto, ok? Fiquei super chateada com os resultados obtidos nestas eleições e não quero falar mais de política, ponto!!!! :@
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