As paixões eram um pequeno vício forte. Apareciam de leve e deixavam-no impaciente pela chegada da sua pessoa querida, levavam-no a ser o maior romântico e o maior poeta de amor.
Mas depressa acabavam.
Ou porque os feitios não eram compatíveis ou porque a sua capacidade de pensar em demasia o impedia de levar um amor infundado até ao fim.
Depois de confessar que não dava mais, que já não podiam continuar, andava um tempo a pensar em quem tinha deixado atrás.
Pior ainda que as paixões que terminava praticamente no inicio, eram aquelas que nem começava com medo de ter de as acabar.
A paixão, forte, sensual, vil, ousada e voluptuosa, essa, tinha ficado também, mas agora havia recordações.
Recordações mais perigosas que as paixões.
Recordava-se dos motivos que o tinham levado a fazer uma declaração sentida e dos motivos que o tinham feito admirá-la enquanto ela sacudia o seu cabelo e lhe sorria.
Recordava-se das vezes em que percorriam as calçadas de mãos dadas e dos muitos segredos que trocavam em frente ao antigo teatro, e das promessas, e dos planos e das confissões.
As recordações pediam-lhe que esquecesse aquilo que a razão lhe incutia e que voltasse atrás enquanto ainda havia tempo.
Mas não podia ser assim.
Afinal, quem mandava nele era o pensamento, que previamente lhe dissera que as paixões podiam não correr do modo que planeava e poriam em risco a sua busca desmesurada pela perfeição.
E era doloroso para ele todos os meses que se seguiam a um amor por viver ou àquele que tinha vivido de forma incompleta. Era difícil imaginar os contornos de um rosto que desejava ter nas suas mãos ou ainda imaginar a suavidade da pele que acariciava nos dias bonitos em que se sentavam no muro de pedra junto ao rio, apenas conversando.
Era complicado refazer-se após uma paixão. E era quase anormal o tempo que levava a olhar novamente para outra rapariga sem que primeiro a assemelha-se à sua paixão inacabada. Pelos olhos, pelos sorrisos, pelos comentários, pelos contornos do rosto, pelos pensamentos, pelos sentimentos, tudo era no inicio comparado com quem ainda permanecera na memória, perigosa e tentadora.
Mas depois, mais forte que o seu pensamento vinha o vicio. O vicio de procurar a felicidade num novo rosto, numa nova rapariga, numa nova paixão. E embora soubesse, no seu adormecido irrequieto sono subconsciente, que a razão o chamaria em breve, tentava de novo encontrar aquilo que sempre desejaria. E que por muito penoso que fosse, nunca desistiria.
Afinal, vício é vício.
Mas depressa acabavam.
Ou porque os feitios não eram compatíveis ou porque a sua capacidade de pensar em demasia o impedia de levar um amor infundado até ao fim.
Depois de confessar que não dava mais, que já não podiam continuar, andava um tempo a pensar em quem tinha deixado atrás.
Pior ainda que as paixões que terminava praticamente no inicio, eram aquelas que nem começava com medo de ter de as acabar.
A paixão, forte, sensual, vil, ousada e voluptuosa, essa, tinha ficado também, mas agora havia recordações.
Recordações mais perigosas que as paixões.
Recordava-se dos motivos que o tinham levado a fazer uma declaração sentida e dos motivos que o tinham feito admirá-la enquanto ela sacudia o seu cabelo e lhe sorria.
Recordava-se das vezes em que percorriam as calçadas de mãos dadas e dos muitos segredos que trocavam em frente ao antigo teatro, e das promessas, e dos planos e das confissões.
As recordações pediam-lhe que esquecesse aquilo que a razão lhe incutia e que voltasse atrás enquanto ainda havia tempo.
Mas não podia ser assim.
Afinal, quem mandava nele era o pensamento, que previamente lhe dissera que as paixões podiam não correr do modo que planeava e poriam em risco a sua busca desmesurada pela perfeição.
E era doloroso para ele todos os meses que se seguiam a um amor por viver ou àquele que tinha vivido de forma incompleta. Era difícil imaginar os contornos de um rosto que desejava ter nas suas mãos ou ainda imaginar a suavidade da pele que acariciava nos dias bonitos em que se sentavam no muro de pedra junto ao rio, apenas conversando.
Era complicado refazer-se após uma paixão. E era quase anormal o tempo que levava a olhar novamente para outra rapariga sem que primeiro a assemelha-se à sua paixão inacabada. Pelos olhos, pelos sorrisos, pelos comentários, pelos contornos do rosto, pelos pensamentos, pelos sentimentos, tudo era no inicio comparado com quem ainda permanecera na memória, perigosa e tentadora.
Mas depois, mais forte que o seu pensamento vinha o vicio. O vicio de procurar a felicidade num novo rosto, numa nova rapariga, numa nova paixão. E embora soubesse, no seu adormecido irrequieto sono subconsciente, que a razão o chamaria em breve, tentava de novo encontrar aquilo que sempre desejaria. E que por muito penoso que fosse, nunca desistiria.
Afinal, vício é vício.
4 comentários:
Gostei*
as decisões infundadas no momentos tomam contornos de profunda reflexão quando temos sorte e tomamos a decisão correcta.
outras vezes, porém, remoí-nos a alma, o espírito, o corpo. os olhos.
está qualquer coisa de consideravelmente apreciável.
sim tens razão, quando se escreve deixam-se pequenas pistas àcerca da pessoa que somos.
Gostei deste texto e dos outros teus que já li. Escreves muito bem :'D
Gosto do texto. E acho que não era só ele que tinha esse vício. Acho que, bom ou mau, todos nós o temos!! :X
Enviar um comentário